22 fevereiro, 2013

Tornando-se professor


     Depois de todo processo do concurso do magistério estadual do RS estou entrando oficialmente para o quadro de professores no dia 25 de fevereiro, dois dias antes  do início do ano letivo. Começo agora a  cumprir meu papel como educador, que desde o início da faculdade de filosofia já estava projetado.
     Começo meu trabalho em uma escola  da zona  norte da cidade, exclusivamente de Ensino Médio e que tem reputação de ser uma boa escola. Espero contribuir de forma muito positiva na formação dos meus futuros alunos, tentando de todas as formas trabalhar de modo sério, ético e profissional as questões filosóficas de maior relevância atualmente, além de seguir os PCNs e conteúdos específicos.
     Tenho todo um projeto de trabalho que engloba temas gerais e problemas abrangentes no estudo filosófico, de modo a cumprir as determinações pedagógicas e não perder o foco no aluno e em seu desenvolvimento como cidadão pensante, crítico e atuante em sua sociedade.
     Se a escola vai permitir essa abordagem, ainda não sei. Se ela tem um programa próprio e/ou projeto diferente, é algo ao qual deverei me adequar na busca da melhor forma de trabalhar. O que me interessa é poder atuar como professor, profissional da educação e filósofo.
     Sei que os alunos vão contribuir, de modo ativo ou mesmo inconsciente, de forma que eu possa aprender    com eles na busca da melhor maneira de educar. O aprendizado mútuo, o respeito à vivência do aluno, a auto-avaliação e a constante criatividade vão ser os pilares que orientarão minha prática pedagógica, na construção de um ensino filosófico de qualidade que busque formar pessoas, que seja uma ponte entre o aluno e o mundo que desconhecem.
     Mais do que palavras escritas nesse blog, acredito firmemente na minha capacidade de proporcionar essa experiência aos jovens que venham a ser meus alunos, sem demagogia ou utopia pedagógica. É possível educar com propriedade, com qualidade e solidez, independente das péssimas condições físicas, salariais ou do perfil dos alunos e colegas professores.
     Por ter essa consciência e esse compromisso tomo como desafio pessoal realizar um bom trabalho, não deixar que a filosofia seja relegada a uma  disciplina secundária, não permitir que os  alunos se percam em devaneios inúteis, fomentando a vontade de conhecer. 
     Se em cada turma eu conseguir "salvar" um aluno, será uma imensa vitória! Que venha o ano letivo!

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