Mudanças

Entender como se desenrolam as diversas mudanças em nossa vivência particular pode ser mais difícil do que parece num primeiro olhar. O que é mudança? Como se dá uma determinada mudança?
Sair de um emprego, trocar de casa, alterar um paradigma, ver o mundo com outros olhos; são todos esses fatos mudanças em algum sentido. Experimentar o novo, procurar entender algo diferente, adaptar-se a uma nova realidade: desafio para a maioria das pessoas e estímulo para outras tantas.

Tempo e Tédio

Semanas depois de minha última postagem, aqui estou para refletir sobre o tempo. Não vou perguntar "O que é o Tempo?" ou "Como percebemos o Tempo?", vou apenas falar da observação direta do fenômeno. Até porque é nessa observação que chegarei ao segundo momento do texto.

Produção Científica

O que se entende por produção científica em Filosofia? É possível produzir trabalhos originais em Filosofia ou seremos apenas "piratas de ideias"?

Essas perguntas me inquietam por causa do discurso que vejo na universidade e da prática dos trabalhos de conclusão ou monografias. O estímulo a procurar algo original, novo ou mesmo próprio, só

Felicidade

O que é a Felicidade? Por que temos necessidade de buscar esse ideal? Será que temos realmente essa necessidade?

O Silêncio como linguagem

O que é o silêncio? É o momento em que nenhum som se ouve; ou mesmo o instante em que nenhum som se faz; pode ser o intervalo entre palavras ou frases; pode ser a pausa, o fim. Pode ser descanso, parcial ou final de uma fala, de algo pronunciado.

Desobediência Civil

"FORMA DE PROTESTO PACÍFICA NA QUAL SE VIOLA DELIBERADAMENTE A LEI PARA COMBATER PUBLICAMENTE UMA GRANDE INJUSTIÇA" - John Rawls, em Teoria da Justiça.
Será o desrespeito às leis através de manifestações públicas não violentas de opinião sobre uma determinada lei ou decisão do Governo considerada injusta, não em benefício da própria pessoa mas da sociedade em geral, através da violação da lei, moralmente aceitável?

Questionamentos

As perguntas movem o mundo. Essa afirmação me acompanha a longa data, parecendo-me cada vez mais verdadeira. O que é...? Como se dá...? Por que...?
A formulação da pergunta é o mais importante. Clarear a questão, deixá-la compreensível e inteligível a qualquer outro; fazer-se entender a quem se questiona algo. Parece fácil, mas não é.
Perguntar já é ter uma ideia da resposta. Quanto mais detalhamos uma questão, mais profundamente pensamos na ideia que gerou a pergunta, mais temos condições de respondê-la. E talvez, já tenhamos a resposta sem saber.
No entanto, devemos estar preparados para repensar nossos pressupostos e OUVIR UMA RESPOSTA! Pode não ser a que pensávamos, mas será uma resposta. Pode ser que comprometa algumas de nossas mais arraigadas ideias, ou paradigmas, quem sabe.
Mas desejo sempre que tenhamos perguntas, e que a cada uma respondida surjam mais três ou quatro novas.
E no momento me surge uma: o que é um questionamento????

Dores Humanas

O que é a dor? O que é sofrimento? Por que sentimos algo que nem é físico, mas qualificamos como dor, ao magoar alguém que amamos?
Somos tão orgulhosos e felizes por ter uma razão superior aos animais e por termos controle de nossas ações que, às vezes, esquecemos a dor do descontrole, do instintivo, do puramente emocional.
Emoção: o que é? Não saberia responder, apenas sentir, apenas tentar explicar.
Só sei que hoje sinto em demasia emoções e sentimentos confusos...vergonha, repulsa, raiva de mim mesmo, arrependimento.
Eu que me orgulhava de meu racionalismo e calma, fui superado por uma emoção mais forte que a razão. E isso dói, por ter machucado pessoas que amo; mas muito mais por eu saber que o fiz, me arrepender, querer consertar.
Essas dores humanas, possíveis a qualquer um de nós, nos fazem crescer e amadurecer. Estou juntando forças para levantar a cabeça poder olhar nos olhos de quem magoei, sem me sentir mal. Sei que fui perdoado de coração, sei que o amor será mais forte. Mas até lá curtirei minha dor, degustarei o ácido desprazer da lembrança da minha ação e vou marcar na memória para toda minha vida um olhar e uma única palavra do momento derradeiro: "Doeu"!
Somos ainda (talvez sempre) animais e não podemos esquecer disso. Mas não podemos pecar contra nós mesmos por instintos. Sentir e pensar... Temperar a emoção.
Fim do desabafo!

Ética do século XXI: Simplismo

Entre todos os caminhos que a Humanidade poderia ter seguido para guiar suas ações, justificar seus pensamentos, regular as relações sociais e outras coisas propriamente humanas, podemos citar como principais apenas dois caminhos: a religião e a ciência.

Retorno ao mundo dos pensadores.

Depois de um período de sumiço, no qual as atribuições seculares e mundanas (trabalho) me tomaram de assalto, retorno para as postagens no blog.
Devo um resumo sobre Epicuro e gostaria de falar sobre Teodicéia...mas tudo a seu tempo.
Por ora, apenas venho me desculpar pela falta de assunto que irritou meus 4 leitores!!!
Um abraço.

Resenha: O Anticristo, Nietzsche

     Nesse livro Nietzsche trata especificamente da questão do cristianismo. A crítica feroz com que ataca os seguidores da religião cristã complementa o que foi apresentado em sua outra obra, A Genealogia da Moral (1887).

Link para livros

Gurizada!
Como prometido, segue um link para baixar livros de filosofia, além de outros mais de literatura:

http://www.livrosparatodos.net

Se alguém quiser sugerir algum outro link, fique à vontade.
Um abraço.

Finalizada a primeira enquete do blog, logo teremos uma apresentação de Epicuro. O filósofo do tetrafármaco não era um hedonista libertino e ateu. Quebraremos paradigmas na postagem sobre ele.
Aguardem.

Livros para download

Atenção pessoal.
Nesse fim de semana, colocarei alguns links com livros de filosofia para download. É uma oportunidade de baixar livros clássicos, não exatamente raros, mas difíceis de encontrar normalmente.
Os donos de sebos é que são ainda nossa melhor fonte quando se trata de livros filosóficos, antigos ou novos, por um preço acessível.

E se tudo der certo, já posto a resenha do Anticristo...
Um abraço.

Resenhas

Vou tratar de escrever resenhas sobre obras filosóficas nesse espaço. Acho importante para aqueles que não conhecem a obra ou o autor terem uma noção sobre o que está sendo trabalhado.
Começarei com um dos meus favoritos, numa próxima postagem: O Anticristo - F. W. Nietzsche!
Se quiserem sugerir livros é só comentar. Peçam a obra, que eu a lerei (se ainda não o fiz) e coloco a resenha no blog.
Um abraço.

O que é REAL?

Pergunta difícil essa. Quando indagamos alguém a resposta vem quase automática: "é o que podemos tocar, perceber". Mas será isso mesmo?
Confesso que pouco li sobre realismo ou qualquer conceito de "realidade", então o que escreverei, ruim ou bom, é puro raciocínio meu.
A realidade nos parece ser apenas o que percebemos com existente, seja física ou mentalmente. Devemos ter aqui claro o conceito de "existência" de alguma coisa. Consideremos que existência seja estar acessível aos sentidos. Aqui já vou além do senso comum, pois já ouvi me dizerem que só o que tem matéria é existente. Prontamente questionei sobre as ondas de rádio, magnéticas e a luz. Não são palpáveis, e no entanto, não duvidamos de sua existência.
Mesmo o que podemos "sentir" ainda assim pode não ser a coisa em si, o real verdadeiro. Quem me garante que o que eu percebo é REALMENTE o que estou vendo/tocando/ouvindo?
A Epistemologia busca esse tipo de resposta e pretendo ouvir com atenção quando alguém falar a esse respeito.
O pensamento, os sonhos e a imaginação não são reais? Apesar de não existirem per si, estão acessíveis a nossos sentidos, os "vemos". Por estarem dentro de uma mente inserida no real, podem ser considerados reais?
Essas dúvidas me inquietam profundamente, uma vez que a lógica admite "vários mundos possíveis" em seus argumentos mais metafísicos. Se podemos imaginar esses mundos, não estaríamos de algum modo alcançando sua "realidade"?
Gostaria de opiniões sobre o assunto...um abraço.

Metafísica

Os estudos sobre Metafísica englobam as questões mais fundamentais da Filosofia. Questionar sobre a existência ou não de Deus, sobre o que é o real, se as coisas existem (ontologia), o tempo, causalidade, e outros mais, é um desafio mais do que interessante.
Os filósofos tentam a séculos estabelecer as bases da Realidade e do Conhecimento, tentam conhecer a Verdade. Quase 25 séculos depois ainda engatinhamos em muitos desses temas e não é incorreto afirmar que ainda estaremos no escuro por muito tempo.
Sugiro a leitura da obra de Brian Garrett: "Metafísica: Conceitos-Chave em Filosofia" da Artmed, 2008. Aliás a coleção de filosofia da editora é muito boa e vale procurar ler.
Aos poucos introduzirei os temas metafísicos aqui no blog, primeiro porque considero importantes e gosto do assunto; segundo porque são importantes! A Filosofia se construiu a partir desses questionamentos fundamentais.
Deixo uma proposta de reflexão: qual é para você leitor, a questão mais fundamental da Filosofia? Qual é a pergunta-chave que deveria ser pensada primeiro na análise filosófica da realidade?

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redefinindo palavras

Gostaria de compartilhar com os leitores um belo exercício proposto pelo professor Sérgio Sardi: redefinir palavras e conceitos. Nas aulas de Introdução à Filosofia na PUC-RS, pudemos exercitar o pensar, treinar a intuição. Abaixo transcrevo alguns dos "novos" sentidos que alguns colegas atribuíram a certas palavras:

Cegueira

Primeiro estágio da visão, quando tudo é claro demais e caótico na mesma proporção, e, portanto, impossível de compreender o que está pintado em nossas retinas. É quando tudo se vê, mas nossa mente nada compreende, pois ainda não está unida, inteiramente, com nossos sentidos.

Horizonte

Lugar" que não existe, nunca existiu e nunca existirá, mas que está em todos os lugares. Não existe, pois apenas o vemos, imaginamos, mas quando seguimos em busca dele para pesquisarmos não o encontramos mais e no local vemos um outro não-lugar, uma outra paisagem. E se voltarmos ao local inicial onde fora avistado então já o sentimos de uma nova maneira, não é o mesmo de anteriormente. Ele também é uma linha que divide o céu da terra, o vivido do não experimentado e nessa linha não se pode chegar, pois é como uma brincadeira de "pega-pega", onde ele sempre se esconde mais adiante.

Palpável
Palpável é aquele punhado de névoa colhido na neblina da alma, e que com a mão aprisionamos desesperadamente, chamando-o então: essência. Que dura somente enquanto não olhamos para a nossa mão, vendo que a ilusão já se desfez e que a névoa se esvaiu. Às vezes, e lamentavelmente, esse tempo dura a vida toda.

Outras belas definições foram possíveis, mas o espaço não permite a transcrição completa. Sugiro a realização dessa tentativa por parte do leitor. Imagine uma palavra. Imagine seu significado mais profundo, e depois mude; tente jogar com o sentido, com simbolismo. A linguagem deve permitir exprimir seus sentimentos. Não prenda a imaginação. Ins pire-se nos exemplos acima e descubra novos conceitos, "novas" palavras.

Enquanto isso em Mileto

Começando com as postagens, nada melhor que lembrar de Tales de Mileto, considerado o "pai" da Filosofia. Esse trabalho visa descarregar sobre os pobres leitores as ideias, aprendizagens, experiências e dúvidas que assolam os que estudam a Filosofia.
Pelo menos tentaremos expor de modo claro muitas das teorias, conceitos, Escolas e filósofos que mais nos fazem pensar.
O nome do blog faz alusão a fiar, tecer. Teceremos ideias juntos. Construiremos conceitos e o mais importante: tentaremos filosofar. Pensaremos por nós mesmos.
Afie seu raciocínio, apronte sua argumentação e senso crítico, permita-se encontrar conceitos diferentes e questione seu paradigma.
A próxima postagem terá um assunto interessante para iniciarmos...
Um abraço a todos.