Penso nesse momento nos últimos cinco anos, nas dificuldades, dúvidas e desafios; nos apoios, incentivos e na força de vontade. Penso em tudo que influenciou (para o bem e para o mal) a minha caminhada filosófica. A formatura se aproxima e vem a pergunta: o que fazer com tanto conhecimento?
Sinto que sou um filósofo, não um erudito. Pude comprovar com a nota 9,5 na minha monografia, com uma banca difícil e formada por filósofos que admiro e respeito. A boa aceitação do tema, a maneira descontraída que escrevi, a forma de apoio e sugestões que recebi: tudo isso me mostra que estou no caminho certo e que sei avaliar bem assuntos espinhosos ou complexos.
Tenho especial talento de síntese que é capaz de manter as boas ideias de um texto, mas com bem menos palavras do que um autor prolixo se valeria. Isso me atrapalha, às vezes, mas é bom para ensinar filosofia e passar adiante os conceitos e ideias de uma teoria ou autor.
Com o fim do curso fica uma sensação estranha, de algo que falta; parece que a filosofia fica retirada e jogada para trás. Claro, depende apenas de meu compromisso e envolvimento não deixar que a filosofia faça parte de minha vida. Com as aulas que lecionarei, isso não será problema.
Penso na forma como as coisas se dão. Voltar à faculdade depois de tanto tempo, iniciar uma carreira com mais de 35 anos, formar-se em algo que me dá muito prazer... Tudo isso parece ainda irreal, até mágico. Dispendi muita energia e esforço nessa empreitada e agora começarei a colher os frutos.
O que já me deixa feliz é o reconhecimento de amigos e colegas, até de desconhecidos, de que eu sou um filósofo; eu os faço pensar, provoco reações, desloco-os de seu centro de ação, tento mostrar novas perspectivas. Tudo que um verdadeiro filósofo deveria tentar sempre fazer!
A partir de janeiro, mudanças positivas, formatura e um novo começo. Mudar é preciso. O bom é que seja sempre para melhor.
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