11 agosto, 2011

A questão de Deus

     Eu não consigo escapar da questão fundamental sobre deus quando me identifico como um estudante de Filosofia (filósofo, quem sabe daqui a algum tempo): "Tu acreditas em deus?" ou a mais simples: "Deus existe?"

      Eu compreendo que seja fácil aos leigos confundirem Teologia com Filosofia, mas exigir uma posição pessoal deveria ser a última coisa em mente nesse tipo de questão.
     Em todo caso, respondo com o máximo de veracidade que consigo, de acordo com o grau de religiosidade de cada interlocutor, de modo a não ferir sua crença. Os mais religiosos nem me dou ao trabalho de explicar certas coisas e aos mais abertos, explico sobre as diferenças entre fatos e crenças, entre ciência e religião, e o mais importante: que somos nós, os seres pensantes, que determinamos o que será real ou não em nossa vida.
     Entretanto, nada muda o fato de que a minha opinião não deve ser usada como verdade, mesmo porque não costumo fazer proselitismo. Eu mesmo não sei se sou ateu ou agnóstico! Só sei que não acredito em Deus, alma ou qualquer religião, não acredito em nada espiritual ou transcendente, não acredito em planos superiores ou mundos do além. Já passei por várias religiões, estudei a fundo sobre espiritualidade, sobre o sobrenatural. A Filosofia me explica melhor a maioria dos aspectos misteriosos do mundo, da realidade. O próprio ato de questionar é filosófico, de maneira que a pergunta é o mais importante, não a resposta.
     As discussões e debates sobre essa questão fundamental são estimulantes e servem para testar minha argumentação e tento aprofundar a Filosofia nas explicações. O simples fato de diferenciar crença/religião de evidência/ciência já me satisfaz.
     A lógica da vida e das coisas materiais é aplicável aos nossos atos e, se não nos traz conforto, pelo menos não nos mente sobre o que ela é; e para provocar um pouco: não sou eu que devo provar por que não acredito em Deus ou deuses, mas seus seguidores é que tem que explicar por que acreditam em algo que nunca sequer se chegou próximo de uma prova!
     Apenas parem de confundir as coisas e não perguntem se não querem ouvir respostas.

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