23 novembro, 2009

Tempo e Tédio

Semanas depois de minha última postagem, aqui estou para refletir sobre o tempo. Não vou perguntar "O que é o Tempo?" ou "Como percebemos o Tempo?", vou apenas falar da observação direta do fenômeno. Até porque é nessa observação que chegarei ao segundo momento do texto.
O trabalho e a rotina tomaram conta de minha vida nas semanas que passaram; estive tão ocupado e cansado que não percebi os dias se acumulando, e eu sem tempo ou vontade de escrever nada. Ao mesmo tempo (veja só, um jogo de palavras!) que os dias se passaram rapidamente para efeitos externos, para mim os dias se arrastaram de tal forma que hoje sinto-me esmagado.
O tédio tomou conta de minha rotina, de minha percepção temporal. Simplesmente não me preocupo com os dias, minutos, anos... esqueço o dia da semana, do mês. Tédio esse criado de uma desmotivação total com o trabalho e com as coisas mundanas que me cercam. O pior é que isso reflete na família, amigos e nas aulas.
Que estranho fenômeno é esse? Porque o tédio altera até mesmo a noção de tempo? Daqui a pouco perderei a noção espacial e serei atropelado na rua, distraído das coisas reais, absorto em meu vazio.
Seria o fenômeno de percepção do tempo apenas um fato relativo, como me parece ou a questão de sua velocidade de passagem é que é subjetiva?
Engraçado que tudo seja mais um psicologismo do que filosofia, mas fica a questão, a reflexão: o Tempo está interligado com nossa mente consciente ou ele é um fenômeno autônomo, independente dessa mente?
Acabo por aqui porque meu tempo está realmente curto hoje...

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