16 novembro, 2010

Os "ismos" Nossos de Cada Dia

Eu gosto muito de estudar Filosofia e busco sempre me informar sobre algo novo que encontre em minhas pesquisas e leituras. Nesse percurso topo com inúmeras teorias, hipóteses, teses, sistemas e ideologias capazes de confundir os mais sãos.
São tantos "ismos" que fica difícil imaginar como se pode pensar a Filosofia hoje em dia. Se o cara não gosta do sensível é seguidor do Idealismo; se gosta é do Empirismo; se prefere lógica pode ser do Confiabilismo e se não se importa com nada além do sujeito é fã do Subjetivismo...
Concordo que é necessário alguma ordem nas teorias que estudamos, que seja preciso nomear muitas das coisas para poder reduzí-las na hora de estudar.
O que discordo é a maneira pouco flexível que a maioria dos professores vê esse processo, influenciando diretamente seus orientandos, alunos e colegas. De algum modo, todos TEM que se encaixar em algo para ser compreensível? A Filosofia não é exatamente questionamento em busca de alguma pista ou resposta?
Se vamos dar nome a tudo, se só vamos analisar segundo aquele ou este ponto de vista, então não há porque filosofar. Os "ismos" estão aí e então é só esgotar todas as possibilidades.
Prefiro ignorar as ideologias quando leio um autor, uma obra. Depois de terminado, analiso se tem essa ou aquela influência e aí busco informação. Ou seja, procuro minimizar  o impacto de ler influenciado por algum "ismo" que me direcione. Sigo minha intuição primeiro, antes de rotular.
E mesmo que leia sabendo que tal autor é do Realismo ou Existencialismo, não muda o fato de que procuro aprender sem opinião crítica alheia.
Comentadores, só depois da obra original (com exceção de Kant, que é muito chato para ler e entender sem ajuda!).
O que importa é conhecer uma teoria e saber seu contexto histórico-ideológico, mas daí a querer rotular tudo e todos segundo elas, é um pouco de exagero que prefiro evitar.

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